Núcleo

No final da década de cinquenta, quando o Escutismo Católico Português já era adulto no País e naturalmente na Região de Braga onde ele nasceu, é encarada a necessidade da criação do Núcleo de Braga, tendo conta o sentimento cada vez mais expressivo de expansão do número de agrupamentos escutistas já existentes no concelho.
Até ali, era a própria Junta Regional que se ocupava de acompanhar diretamente a criação, apoio e desenvolvimento das unidades do CNE na área do Arciprestado.

Nasce assim, pelas mãos do dirigente Manuel Faria de Araújo, no vulgo conhecido por “Chefe Faria”, o Núcleo de Braga de que foi o primeiro Chefe e se viria a manter durante longos anos.
Persistente nos seus desígnios, carismático, incansável na sua ação, apaixonado pelo escutismo e acompanhado de uma enorme boa disposição e alegria que contagiava os que o rodeavam, o Chefe Faria marcou fortemente a atividade do Núcleo de Braga não só enquanto responsável do mesmo, acompanhado do seu braço direito o Chefe Macedo, mas também, pelo seu apoio dinamizador e espontânea disponibilidade para ajudar, no que quer que fosse, os chefes de Núcleo que lhe sucederam.

A sua colaboração foi também preponderante no apoio à resolução de alguns problemas delicados do Núcleo no tempo do PREC – Processo Revolucionário em Curso, com a sua intervenção diplomática mas de firmeza nos princípios e valores do escutismo católico.
Assim como, na complexidade da reorganização do CNE a nível nacional na sequência do 25 de Abril, que faz recordar, dentre outras, uma peripécia revelante do humor perspicaz do Chefe Faria, no primeiro Conselho Nacional Plenário, na Foz do Arelho, participado por muitas centenas de dirigentes e caminheiros.